17 abril 2010

Freekscape


Parte da linha PSP Minis, "Freekscape" apresenta um clássico estilo de jogo plataforma, com um personagem explorando fases com gráficos tridimensionais, mas mecânica 2D, enfrentando inimigos e coletando itens até chegar ao fim da fase.

A história começa com o diabinho Freek, cansado de trabalhar nas profundezas do inferno. Assim, decide ir ao paraíso para ver se as coisas lá são mais bacanas e, para tanto, pega para si um tridente mágico.
Demônio decide escapar do inferno.

Como diferencial, a mecânica do game exige que o herói use os inimigos e suas habilidades especiais para vencer obstáculos. Por exemplo, um tipo de criatura permite a ele pular mais alto, como se tivesse uma mola nos pés, enquanto outro possibilidade destruir rochas ou então ser arremessado para plataformas distantes - habilidades especiais proporcionadas pelo tal tridente.

O esquema rende desafios interessantes que se aliam ao bom design de fases. Apesar de ser uma aventura plataforma, "Freekscape" acaba ganhando ares também de quebra-cabeça, exigindo do jogador que planeje como usar as habilidades dos inimigos e até certa dose de criatividade e tentativa e erro: os inimigos interagem entre si e é possível combinar algumas das habilidades especiais, gerando diversas formas de resolver os problemas nas fases.
Como de costume em games do gênero, há diversos extras para coletar, abrindo caminhos alternativos nas fases. E "Freekscape" não pega leve, complicando bastante a busca pelos 100% do game. Vencer as fases uma primeira vez é tarefa sossegada, mas achar todos os artigos colecionáveis e bater o tempo de desafio em cada nível é tarefa das mais espinhosas.
Isso ajuda a prolongar a longevidade do game, que tem uma duração até grande considerando ser da linha Minis.
Os gráficos tridimensionais apresentam um bom nível de qualidade, com fases bem desenhadas e texturas e personagens com mais detalhes do que o normal em um título da linha Minis.
Ainda assim, o excesso de cores muito fortes na tela e a repetição de elementos de cenário podem incomodar alguns.
O áudio faz bonito, com músicas agradáveis e divertidas, mas os gritinhos de pulo do protagonista também se repetem exaustivamente.
Apesar da competência na execução gráfica, deslizes não deixam de acontecer. Diversas vezes o herói cai sem motivo algum da plataforma em que está, geralmente por algum problema de colisão com inimigos ou plataformas. Curiosamente, jogando no PlayStation 3 (os games da série Minis podem ser jogados normalmente no console caseiro) a taxa de quadros do jogo rodou mais suave, ao passo que no PSP é possível visualizar efeitos visuais mais complexos, como o brilho nas texturas dos personagens.

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